segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Froid, Rod, Dalsin e SpVic - Veredicto



Sumida por aqui, hoje volto com uma pedrada pra vocês me perdoarem.
Junta 4 malucos líricos, um beat, uma câmera e espera a bomba...
É o que a galera do Rap Box fez para estrear a comemoração de 100 episódios no ar.
Esse é o tipo de feat que fica difícil escolher qual é o melhor, se é que precisamos escolher.
Para os críticos do youtube que vivem reclamando de "rap modinha", esse aqui é um grande exemplo de "rap verdadeiro". Conseguiram unir mc's excelentes que tem algo em comum: conteúdo.
Não por acaso, "Veredicto" começa com o último mc que eu citei no blog e larguei todos os elogios possíveis. O Froid inicia esse som incorporando a sua mãe e mulher. Ele manda a letra como se fosse elas expulsando ele de casa e terminando o relacionamento respectivamente, dando mesmo o veredicto.
Na sequência vem o Rod, do grupo baiano/carioca que eu tenho admirado muito ultimamente, o 3030. Ele chega inspirado, largou tanta rima boa em uma estrofe, que fez a diferença. São algumas punchlines [socos nas linhas] que se destacam, provocando desde os defensores do Bolsonaro até a igreja, mas a minha preferida foi "tô pela letra, se fosse só pelas drogas, eu escutava trance". Mesmo fã de música eletrônica, hei de concordar que o Rap fascina pela capacidade de passar mensagens como nenhum gênero faz. Terminada a sua parte com "paz", vem o próximo com um discurso cheio de sangue.
É, tava bom demais, até chegar o Dalsin com aquele elemento que não pode faltar no Rap, o machismo. Desiludido do amor, ele fala das "vacas" que ele come e da realidade de muitos rappers: drogas e tretas.
"Filha, cê aceita ser a mãe dos meus bambinos?" lembra aquela famosa track do Costa Gold que o Don L participou e marcou com "Cê tá afim de ser mãe do meu pivete?"...
Há quem vá dizer também que houve uma diss pro grupo Pollo nesse som, no verso "mc's vagalume apaga mais rápido que brilha". Esse mc do Audioclan, que chegou do interior de SP forte na cena, agora faz parte do coletivo Damassaclan, sempre disparando suas rimas de forma agressiva.
Para finalizar, chega mais um mc que veste a camisa do Damassa.
O Spvic entrou sério, com aquele ar de veterano de quem precisa honrar o Haikaiss.
Seu vocabulário e ideias continuam cabulosos e até confusos por conta do flow mais acelerado no final.
"Cada um com a sua versão", somado à produção do Leo Casa1, fez esse Cypher ser de qualidade!

Nenhum comentário:

Postar um comentário